Dedicação e exigência para dançar sem limites
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Disciplina, dedicação, compromisso e exigência. Acrescentando aquele toque de paciência e carinho, assim pode ser descrito como é pintado o cotidiano da professora e coreógrafa de balé clássico Fátima Guimarães, idealizadora do Espaço Endança. Fatinha, como é chamada por suas alunas, transmite toda a delicadeza e força igualmente representada no estilo por qual é fascinada. E em conversa com Maíra Passos, de Na Ponta do PÉ, contou sobre sua paixão pela dança, a realização através das conquistas de suas alunas e opinou sobre o incentivo à dança clássica em Pernambuco. 

[NA PONTA DO PÉ] Quando começou a dançar?

[FÁTIMA GUIMARÃES] Experimentei, aos 6 anos de idade, o balé clássico. Fiquei tão encantada pelo estilo que, anos mais tarde, já com 19, resolvi seguir carreira profissional na área.

[NPP] Sobre o balé clássico, o que mais te encanta no estilo?

[FATINHA] A inteligência do pensamento da metodologia e anatomia.

[NPP] Segue alguma método específico?

[FATINHA] Minha formação é pelo Stúdio de Danças (PE), onde tive como mestra Ruth Rozenbaum, além de ter passagem pela Academia de Ballet Tatiana Leskova (RJ). Assim, sigo a metodologia segundo Vaganova.

[NPP] Tendo participado de várias apresentações e prêmios ao longo de sua carreira como bailarina, destacaria alguma?

[FATINHA] Todas foram especiais para mim, fica difícil selecionar! E todos os prêmios representam uma forma de realização diferente. 

[NPP] Sobre o Endança, que já comemora 5 anos, como surgiu a ideia de abrir o espaço? E qual seu principal objetivo com a escola?

[FATINHA] Os pais de alunas antigas me pediram muito para que isso acontecesse! Apesar de nenhum deles estarem comigo hoje, de vez em quando me pedem notícias. Meu principal objetivo é qualificar para profissionalizar de verdade. Quero mudar a cara da dança nesta cidade.

[NPP] O clássico é visto como um dos estilos que mais requer disciplina. Na sua vida como professora, é esse o principal conceito que transmite para as suas alunas?

[FATINHA] A dança exige dedicação e disciplina. Tenho compromisso e exigência com cada aluno. Mas lembro que a dança sempre permite mais.

[NPP] A bailarina Amanda Barros, de 16 anos, é uma aluna sua que acabou de ser selecionada para o Bolshoi. Qual seu sentimento como professora quando um jovem talento é reconhecido?

[FATINHA] Amanda é a nossa primeira aluna a ser admitida na Escola do Teatro Bolshoi do Brasil. Para mim é um sentimento amplo. Fiquei imensamente feliz por ela, pois se trata de uma menina extremamente focada, determinada, esforçada, batalhadora, persistente, guerreira, disciplinada e responsável. Em primeiro lugar, ela mereceu! Em segundo lugar, elevou o nome da escola Espaço Endança. Para completar, é como se eu estivesse realizando um sonho, através dela, que nunca pude realizar.

[NPP] O Endança realiza espetáculos anulamente com todas as aulas, qual o principal objetivo?

[FATINHA] Vejo os espetáculos anuais como uma passo para a formação do profissional de dança. Este ano, o tema é Fotografia/Retrato, acontecendo no dia 18 de dezembro, no Teatro Guararapes, Centro de Convenções (Olinda-PE).

[NPP] Falando em alunas, o Endança tem de turmas infantis até adultas, alunas que já são mães! Há limite de idade para o balé?

[FATINHA] A dança não tem limites. Existe mulheres mais maduras que já dançaram quando mais jovem, mas também tem aquelas que nunca tinha dançado antes e procuram o balé como atividade física e diversão.

[NPP] Já sobre o cenário do balé clássico em Pernambuco, qual sua opinião sobre os incentivos?

[FATINHA] Temos muitos talentos, mas os bailarinos “profissionais” ganham algum dinheiro apenas quando algum projeto deles é aceito pelo estado, prefeitura ou Governo Federal. Isto me deixa indignada. Como resultado, os bailarinos seguem por este caminho ou vão para outros estado e países. É inaceitável, mas é a realidade. Quantos e quantos lindos e talentosos bailarinos deixaram nossa terra. A mentalidade é de que quem faz dança não será um profissional.

Resultado: Não há incentivo. Em Pernambuco, ela precisa ser comandada por pessoas sérias e compromissadas. Não adianta dizer apenas que você ama a Dança, é muito além disso. Hoje, está tudo muito ligado aos grupos fechados. Cartas marcadas? Não se, só acredito que isso não está ligado com dança, seriedade, compromisso e competência. Além disso, creio que o governo tem obrigação de investir mais na arte e seus novos talentos, para que um dia, quem sabe, fazer dança seja respeitada, de fato.


[No vídeo, veja trecho da aula de Fatinha exclusivo para Na Ponta do PÉ!]

 

 




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Maíra Passos

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