Fazendo Berlim ferver
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Pelos pés do pernambucano Carlos Frevo, o ritmo é apresentado e ensinado na Alemanha

Juliane Menezes

Quando foi para Berlim em 2004, convidado para participar do grupo de dança Tangará Brasil, o dançarino pernambucano Carlos Frevo não sabia a reviravolta que ocorreria na sua carreira. Empolgado com a ideia de dançar na Europa, ele tomou um choque de cara ao perceber que o que valia mesmo nesses espetáculos no exterior não era a arte, mas sim a exibição das mulheres brasileiras. “Aqui na Alemanha, fiquei sabendo que não importa a dança, só importa quantas mulatas tem no show. Isso me levou a pensar como fazer para mostrar que o Brasil tem mais do que o que a mídia mostra. Dessa forma, resolvi ficar em Berlim e trabalhar com as danças pouco conhecidas”, revela.

Como bom pernambucano, Carlos vivia falando do frevo. Isso despertou a curiosidade de um dos professores da companhia onde trabalhava, “Academia Jangada”, o qual sugeriu que ele mostrasse um pouco dessa dança “que faz o corpo ferver”. Daí, o brasileiro passou a dar aulas de danças de Pernambuco. Fez tanto sucesso que criou em 2006 a “Locomotiva do Frevo” para divulgar seu trabalho. “Esse trabalho vem mostrando que realmente somos um país com uma grande miscigenação cultural. Vamos muito além do Rio de Janeiro com o seu carnaval”, explica.

“Há quase 10 anos, quando eu comecei a fala sobre o frevo, os brasileiros me falavam que não havia pessoas interessadas nessa dança. Hoje, somos referência na Europa e até no Brasil por sermos a primeira escola de frevo fora do nosso país a trabalhar o ano todo com o ritmo”, comemora. Hoje, Carlos é coreógrafo, dançarino e presidente da associação e atualmente segue com o espetáculo “A Outra Cara do Brasil”.

De acordo com o dançarino, a aceitação da cultura pernambucana na Alemanha é muito positiva. Entretanto, como a “Academia Jangada” é um grupo pequeno, tem muita dificuldade em cumprir seu objetivo de mostrar que o frevo existe o ano inteiro. “Muitas pessoas pensam que só no carnaval podemos dançar ou ouvir frevo. Por isso, é muito importante o trabalho de grupos como  o Guerreiro do Passo e vários outros no Brasil”, ressalta. Além desse estilo, também outros gêneros musicais brasileiros ganham destaque pelos pés do dançarino, como forró, maracatu, coco, caboclinhos, ciranda, xaxado, cavalo marinho, samba de gafieira e samba no pé.

DESCOBERTA

O gosto de Carlos pela arte da dança veio do berço. Ainda criança, dançando pela casa e acompanhando o compasso de sua mãe. Ela puxava os filhos pelos braços os ensinava a dançar o frevo, o forró e outras danças brasileiras.

Uma vez que tomou gosto, não teve jeito. Aos 12 anos, o hoje dançarino passou a receber aulas de forró.  “Depois dessa experiência, não poderia mais parar de estudar danças. Fui para o Recife, onde fiz aulas de dança moderna Com Monica Lira do Grupo experimental e ballet com vários professores”, recorda.

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Maíra Passos

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