A artista é pernambucana e atua como solista no Staatsballet Berlin, na Alemanha, desde 2015
A bailarina pernambucana Aurora Dickie participou da nossa série Carreira de bailarino. Durante transmissão ao vivo no nosso Instagram (@canalnapontadope), a artista contou sobre os passos da sua carreira, do Recife à Berlim. Atualmente, ela atua como bailarina solista no Staatsballet Berlin, na Alemanha. A entrevista também ficou salva no canal do YouTube de Na Ponta do PÉ.
Aurora nasceu no Recife (PE) e iniciou no balé clássico nos primeiros anos de vida. Filha da professora de dança Jane Dickie, a bailarina contou que começou a dançar por inspiração na própria família. “Eu cresci vendo minha mãe dando aulas, minhas irmãs mais velhas dançando, escutando músicas clássicas e vendo vídeos de balé. São minhas primeiras memórias, antes mesmo das minhas aulas de balé”, lembrou a bailarina.
Aos 11 anos, Aurora participou da seleção para a Escola do Teatro Bolshoi do Brasil, que tinha acabado de chegar no país, em Joinville, em 2000. Pensando em seguir na carreira como bailarina profissional já na adolescência, por volta dos 15 anos, conclui seus estudos na escola e, em 2007, conquistou o terceiro lugar no YAGP, sendo escolhida para ingressar no The Washington Ballet, nos Estados Unidos.
“Foi uma grande mudança, minha primeira experiência numa companhia. Além das aulas e ensaios, tinha que fazer reabilitação, fisioterapia e treinos de fortalecimento , por ‘minha conta’, fora da companhia. Então, ocupava meu dia todo”, recordou. Após período nos Estados Unidos, Aurora voltou para o Brasil, atuando na São Paulo Cia. de Dança, por um ano e meio.
Depois, retornou para o Washington Ballet, ficando mais quatro anos. “Mas eu tinha um sonho de dançar na Europa, de estar perto de grandes ídolos. Foi quando participei de uma uma adição para o Staatsballet Berlin, em 2015”, explicou. Com apenas três meses de companhia, tornou-se bailarina solista, cargo que ocupa até hoje.
Sobre a preferência de dançar balés clássicos de repertório ou mais modernos (contemporâneo/neoclássico), ela falou que são sentimentos diferentes. “Acredito que o mais importante é dançar com emoção. Claro que a técnica é fundamental, um pré-requisito, na verdade. É legal ver pernas altas, saltos e giros. Mas é tão importante quanto o bailarino colocar expressão e sentimento na sua dança”, refletiu.
Em abril, a bailarina deu uma aula de balé clássico para Na Ponta do PÉ, durante live. Obrigada por compartilhar sua dança mais uma vez com a gente, Aurora! ❤️
Dançou O Quebra Nozes como bailarina principal convidada em 2017 e 2018, com a Cisne Negro Companhia de Dança, em São Paulo.
Trabalhou ou dançou coreografias de renomados coreógrafos contemporâneos/neoclássicos, como: Nacho Duato, Alexander Ekman, Ohad Naharin, Jiri Kylian, Christopher Wheeldon, William Forsyhte.
Dançou e dança uma grande variedade de balés de repertório, comoO Lago dos Cisnes, Giselle, O Quebra Nozes, Dom Quixote, além de ter dançado balés de Balanchine.
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