Como escolas de dança e bailarinos podem atuar na crise?
  • Inovação na dança para superear a crise | FOTO: Beto Franklin/Pexels
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  • Inovação na dança para superear a crise | FOTO: Beto Franklin/Pexels
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Na Ponta do PÉ trouxe algumas ideias para os profissionais de dança continuarem produzindo durante a quarentena

O isolamento físico, medida adotada por muitos países para conter os avanços da pandemia do novo coronavírus, vem causando grande impacto na área cultural, como no setor de dança. São espetáculos e festivais cancelados, sem previsão concreta de quando poderão voltar à cena. E várias escolas e espaços de dança já completam um mês sem atividades presenciais.

Situação difícil que afeta toda cadeira produtiva da dança, como gestores de escolas e companhias, professores de dança (que ganham, na maioria das vezes, por hora/aula, só quando dão aula), bailarinos e produtores culturais, além de demais profissionais envolvidos nos bastidores da dança. Mas como o espetáculo tem que continuar, usamos a criatividade, que já pulsa latente no artista, para encontrar soluções e inovar na crise.

Para orientações em gestão, conversamos com a analista do Sebrae em Pernambuco Conceição Moraes, que falou sobre a importância da transformação digital na dança. “Neste período de isolamento, quando as conexões só são possíveis online, é bem importante ter presença digital. É possível dar aulas à distância pela internet, disponibilizar espetáculos para assistir online, com possibilidade do espectador alugar, e oferecer métodos de pagamento digital”, explica.

Confira nossa conversa, na íntegra:

A analista do Sebrae lembra que é preciso criar métodos para os serviços oferecidos online serem rentáveis. “Você pode colocar conteúdo gratuito como ‘degustação’, que é interessante para divulgar e atrair o público. Mas temos que pensar também como continuar tendo renda no virtual”, analisa Conceição. Para mais orientações, os artistas e gestores podem entrar em contato com o Sebrae, diretamente no 0800 570 0800. Há também cursos gratuitos de gestão e comunicação digital, no https://loja.pe.sebrae.com.br/loja/.

Mas… e o aluno que não quer fazer a aula online? Ou a escola/professor que não dispõe de estrutura tecnológica para o ensino à distância?

A aula online pode ser uma alternativa para minimizar os impactos da crise, mas há suas limitações. Assim, importante planejar no que fazer após a reabertura dos espaços. Voltar apenas com a aula mensal regular? Interessante é diversificar as opções para seus alunos, tanto para mantê-los como conseguir novos. Por exemplo, oferecer opções de aulas avulsas, promover aulões de outros estilos e investir em eventos criativos.

Porque, do outro lado, a situação também está difícil, como pessoas que estão com salários reduzidos e até quem já perdeu o emprego. Espetáculo de fim de ano? Só vai dar certo, se houver uma construção colaborativa. Porque, caso a direção informe tema e valores para participação, a adesão vai ser menor, menos pessoas vão conseguir participar. Mas incluindo todos no processo criativo e de produção, talvez seja mais fácil de encontrar alternativas possíveis para todos.

Falando em encontrar soluções juntos, quem tiver mais ideias para a dança não parar, deixa nos comentários! 😉

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Maíra Passos

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    2 Comentários

    Fátima Guimarães

    2020-04-17 11:34:40 Responder

    Olá!
    Quando, no texto acima fala de “Espetáculo de fim de ano? Só vai dar certo, se houver uma construção colaborativa… Mas incluindo todos no processo criativo e de produção, talvez seja mais fácil de encontrar alternativas possíveis para todos.”
    Como incluir os pais e/ou responsáveis neste processo, já que eles é que arcam com pagamento de inscrição, figurino, adereço? Vcs falam em patrocínio? Isto é quase irreal para nós da área de Dança.

      Maíra Passos

      2020-04-17 16:45:44 Responder

      Oi, Fátima! O que falamos, por exemplo, é chamar antes os envolvidos para saber quantos eles podem a investir e pensar juntos em ações que possam viabilizar o espetáculo, diminuir os custos (como reaproveitar cenário, figurino ou reapresetnar espetáculos anteriores) etc. É ouvir os participantes antes das definições do espetáculo para entender como ele poderá ser feito. Não é tarefa fácil, de fato… Mas acredito que quanto mais gente pensar junto, mais ideias e soluções possam aparecer 😉 Abs, Maíra.

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